Rodolfo Hernández, candidato populista nas eleições colombianas é mais um subproduto dos engenheiros do caos, estudo de caso do pesquisador ítalo suíço Giuliano da Empoli. Seus elogios a Hitler podem nem ser sinceros, mas simplesmente, uma forma de jogar sangue aos tubarões.

Eis os engenheiros do caos novamente ditando a pauta da imprensa, desta vez colombiana, exatamente como Trump, Orbán, Duterte, Erdogan e Bolsonaro.

Primeiro, a imprensa faz um escarcéu com o elogio de Hernández ao ditador nazista, e depois dá voz aos opositores e instituições apavorados com o elogio feito, e por fim, dão espaço ao populista para ele se explicar e afirmar que quis elogiar Einstein e não Hitler.

Acredita quem quer, não crê quem puder e assim, a política quântica vai assassinando a política newtoniana, em que um candidato não poderia estar e falar com mais de um segmento eleitoral ao mesmo tempo.

O que o Hernández queria conseguiu: espaço publicitário, clickbaits, viralização, cobertura Jornalística, se tornar “digno” de nota e comentários até de acadêmicos e políticos ilibados, e de quebra, um bom recado de dog Whistle aos eleitores nazicolombianos.

(Fotos: bandeira da Colômbia no canto superior, na parte inferior da esquerda o candidato Rodolfo Hernández e na parte inferior da direita o candidato Gustavo Petro).