Desde que levantei do chão o PROJETO ILUMINA (cujos textos já estão sendo analisados), venho buscando conhecer outros projetos que tentam conceber e conceder acessibilidade, minimizar e mitigar assimetrias sociais.

Com o meu estabelecimento para residir temporariamente em Portugal enquanto realizo meu doutorado, nada mudou: prossigo atento a projetos que inspiram.

Qual não foi a minha surpresa ao me deparar com o PROJETO MÃOS QUE CANTAM, de concepção do Maestro Sérgio Peixoto.

Tudo começou com um convite da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra ao Instituto de Investigação Interdisciplinar (onde estudo): nos convidavam a conhecer música para deficientes auditivos (em Portugal, dizem apenas surdos). Pensei: como isso pode ser possível?

Após uma apresentação científica de como funciona o sistema nervoso no que toca à interpretação das ondas sonoras, aprendemos como funciona a tradução da gramática auditiva dos ouvintes para os não ouvintes.

Impressionante! Eles não ouvem como nós, mas sentem tanto ou mais que nós.

Fiquei encantado ao ouvir um número de Puccini pelas vozes do @coro.sinfonico.ines.de.castro e enfim, novamente concluir que os limites do nosso universo são dados pelos limites da nossa ignorância, empatia e sensibilidade.

#maosquecantam #universidadedecoimbra

@ucoimbra