Olá amigos! Hoje contarei a vocês um conto breve.

Era uma vez uma embarcação de grande porte chamada Lisarb, comandada por um sujeito bastante singular. Ele era chamado de Capitão e não era um homem afeito aos estudos.

Lisarb deveria zarpar para levar muitos produtos para o outro lado do oceano e para isso sairia do porto repleta de tripulantes, todos comandados pelo severo Capitão.

No dia da partida, as autoridades marítimas pediram ao Capitão para não partir visto que uma tempestade de dimensões inéditas surgiu no horizonte. Os comandados também informaram o capitão que os suprimentos não haviam chegado a Lisarb e para piorar, vários dos marujos adoeceram gravemente ao mesmo tempo.

Capitão julgou que tudo isso era um plano orquestrado para impedir seus planos, diminuir suas receitas e manchar sua reputação de valente homem do mar. Assim, ordenou que Lisarb zarpasse.

Tão logo deixou as águas do porto, Lisarb foi atingida por ondas violentas e como poucos homens estavam em pé e com saúde, a nau se incendiou e vários subordinados pediram que o Capitão retornasse ao porto.

Capitão respondeu que aquela não era uma nau de maricas, que não lhe interessava saber quantos subordinados morreram porque não era coveiro e que a tempestade não passava de uma garoazinha.

Pouco a pouco, os marujos foram morrendo em série, uns doentes, uns carbonizados, outros afogados, e outros de fome e sede porque os mantimentos caíam ao mar conforme a borrasca surrava a nau.

Mesmo diante às súplicas das autoridades marítimas e de seus liderados, Capitão prosseguiu navegando, afinal era um homem destemido, com um objetivo fixo e não seriam as mortes de homens insignificantes que o paralisariam.

Os marinheiros cogitaram um motim, mas um terço deles dizia que Capitão estava certo e agiriam exatamente da mesma forma no lugar dele e o restante achou por bem trocar de Capitão apenas na próxima viagem.

Passadas as semanas navegando com Lisarb em chamas, homens morrendo aos montes e ondas castigando o casco da nau, Capitão conseguiu chegar ao seu destino mas não cumpriu seu objetivo: perdeu todas as mercadorias, matou todos seus homens e afundou Lisarb.

Ainda bem que é só ficção.