Liberdade, Metamoralidade & Progressofobia
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A humanidade nasceu nas savanas, bosques, florestas e charcos, mas em algum momento de sua epopeia se tornou urbana. A cidade civilizou o ser humano, tornando-o o único animal efetivamente urbano do planeta. A despeito de serem classificadas pelos especialistas como meio ambiente artificial, as cidades parecem ser uma vocação humana, sendo talvez parte de sua própria natureza alterar o meio ambiente que o cerca.
Essa habilidade não é privativa dos humanos: abelhas, formigas e cupins, só para ficar nestas espécies, são criaturas que também constituem sociedades que formam aglomerados com especialização de trabalho e moldam o ambiente que as cerca. Mas não há como se comparar o grau das mudanças: o ser humano transforma o planeta inteiro de uma forma única, irrefreável e irreversível.
A o constituir cidades, a humanidade elaborou novas formas de viver, pensar e morrer, e as cidades, deram vazão a uma quantidade impressionante de novas invenções em proporções jamais vistas. A maioria das pessoas se choca ao saber que os seres humanos passaram mais tempo vivendo em aldeias que em cidades, porque hoje em dia parece tão natural que o sapiens seja urbano que chega-se a concluir que sempre foi assim. Mas não foi: um longo caminho foi percorrido até que o ser humano se convertesse na única criatura verdadeiramente urbana no planeta. Na presente obra, propõe-se acompanhar como foi este caminho, onde ele nos levou e onde ainda pode nos levar.