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C erca de cem anos após a eclosão da gripe espanhola e do surgimento do fascismo na Itália, a pandemia do coronavírus se alastrou pelo mundo deixando um rastro de doentes, mortos e falidos. Tão chocante quanto o impacto biológico, foi o impacto social.
Escrevendo no meio da pandemia, quando ainda não existia uma vacina, o autor se debruça sobre um tema que tem sido caro aos cientistas sociais: o fascismo como fenômeno social foi único ou pode se repetir ao longo da História?
O livro de Alexandre Gossn foi objeto de análise pelo historiador Leandro Karnal em sua coluna no Jornal "O "Estadão":
"Para Gossn, o ódio tem poder galvanizador e transforma adversários políticos em inimigos a serem destruídos. Curiosamente, o fascismo é romântico, pois 'não se assenta na realidade, mas sim em premissas idealizadas de um universo que será pacificado pela força, para depois se transformar no reino da paz'”
"O mundo real ao redor é frágil, cheio de mi-mi-mi, ambíguo e coloca em risco a certeza de ideias concretas. Contra isso, os fascistas usam a sedução da força para restaurar suposta unidade. Assim, abrindo mão de um tipo de ortodoxia histórica, ele define que o fascismo 'não é a causa, mas a consequência de movimentos psíquicos nos esgotos da alma coletiva' 'O fascismo histórico morreu, mas deixou bisnetos' – pondera o autor."