Quando injustiças institucionais como o totalitarismo sujeitam toda uma sociedade, em geral surgem tensões.

Quando mal distensionadas, estas podem redundar em insurreicoes ou revoluções.

É preciso desprendimento e imparcialidade para saber reconhecer quando estamos diante uma revolução que visa à derrubada de um regime despótico e desumano (como foi o regime de Salazar) de quando estamos em frente a um golpe de Estado.

Em 1974, Portugal vivia múltiplas crises: política, econômica, bélica (com guerras coloniais na África), diplomática (com a pressão de países aliados para que resolvesse suas tensões internas sem revoluções armadas ou quedar-se ao comunismo soviético) e democrática.

As chances de que tal descontentamento (amplo e público) desaguasse em um movimento violento não eram pequenas.

Por isso, uma mulher chamada CELESTE CAEIRO marca profundamente os eventos de 25 de abril de 1974 (hoje, Portugal celebra 48 anos de democracia), ao involuntariamente, com a sua gentileza e presença de espírito, ter BATIZADO a revolução em curso.

Celeste começou a distribuir cravos aos militares revolucionários, sugerindo que os portassem com suas armas e uniformes, evocando uma mudança SOB A BANDEIRA DA PAZ.

O resultado foi uma manifestação muito pacífica e a tomada do poder com menos de cinco mortos, e a bem sucedida passagem de Portugal para o mundo democrático nas eleições que ocorreriam pouco tempo depois.

Celeste Caeiro simboliza a força sem brutalidade, a mudança sem destruição, a dignidade sem ferocidade, a liberdade sem massacre, a luta com bravura sem barbarismos.

Feliz dia da Liberdade para Portugal.

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