Todos nós temos direito às nossas opiniões, mas não temos direito aos fatos.

Adaptei acima a frase (você tem direito à opinião mas não aos fatos) comumente atribuída ao Senador americano Daniel Patrick, mas que na verdade foi proferida pelo economista James Schlesinger para comparar os casos Portugal & Áustria durante a Pandemia.

Por que comparar ambos?

São países com praticamente o mesmo território e a mesma população. A Áustria conta com área de 83.000 km2, Portugal com 92.000 km2.

A Áustria tem população de 8.9 milhões de habitantes, ao passo que Portugal tem 10 milhões de pessoas.

Os austríacos contam com o PIB per capta de 48 mil dólares /ano, tem o IDH top 25, 100% de saneamento básico e expectativa de vida de 79,6 anos. Já Portugal anota 22.4 mil dólares / ano, é top 38 no IDH, 96% de saneamento básico e 81,3 anos de expectativa de vida.

Onde mais podemos comparar os dois países?

Na vacinação.

Áustria vacinou 60% da população e Portugal 90%.

Não faltam vacinas. Os não vacinados são pessoas que não podem (comorbidades e enfermidades) e negacionistas.

Por conta do baixo índice vacinal da Áustria, o país paga uma conta alta nesta fase da Pandemia. Vejamos que Portugal tem mais mortos que a Áustria no total, se contarmos os mortos desde o começo da Pandemia (17 mil em Portugal e 13 mil na Áustria), mas tão logo atingiu níveis altos de vacinação, o país lusitano controlou a Pandemia com destaque.

Vejamos o impacto da vacinação.

Ontem / novos casos

  • Portugal: 3417
  • Áustria: 4.233
  • Ontem/ óbitos
  • Portugal: 21
  • Áustria: 77

Conclusão: a Áustria tem 25% mais casos novos e quase 400% mais óbitos.

A diferença entre ambos: VACINAÇÃO.

O NEGACIONISMO MATA.

PS. comparando Portugal com o Brasil, temos um estudo de caso de como fez falta aos brasileiros um líder que não menosprezasse as máscaras, o isolamento social e as vacinas. Se Portugal tivesse a população brasileira, seria como se tivesse tido 360.000 mortos, o que é um número alto, mas ainda assim, muito abaixo dos mais de 600.000 que perdemos, o que comprova a conclusão de estudos de que 300 mil vidas foram perdidas por desídia.