O que têm em comum Federico Finchelstein, Jason Stanley e Madeleine Albright?

São os três historiadores renomados e especializados no fascismo.

Ao contrário do que afirmam alguns (por desconhecimento), fascismo e comunismo são e foram muito diferentes. E o trio recorda em seus trabalhos que não há fascismo sem reacionarismo, ou seja, uma busca incessante por um passado que não existiu.

Mas como o filósofo romeno Wladimir Tismaneanu recorda, em dado momento, até o Stalinismo se curvou à algumas práticas fascistas que rendiam dividendos aos seus líderes. A principal delas: ALTERAR O PASSADO E SUAS MEMÓRIAS, para que a narrativa que se pretende impor tenha um background. Da edição de fotos a destruição de documentos, tudo valia.

Cortemos para 2021: neste projeto de se implantar memórias obtusas, vale tudo também: destruir a prova do Enem, retalhando-a em prol do que se pretende divulgar, por exemplo.

É aparentemente o que está ocorrendo segundo denúncias de dentro do INEP.

Questões envolvendo a Ditadura Militar de 64, Seleção Natural (Darwin) e até tirinhas da Mafalda teriam sido (ou foram) banidas, ou tiveram a redação modificada para se alterar a forma de lidar com questões do passado do país.

Segundo denúncias em apuração (e a autodemissão em massa de 35 funcionários do INEP), o governo desejava que o golpe Militar fosse chamado de Revolução…

A História é histórica, e por isso, dói, sangra, pesa… Mas quando um país se curva a ela com maturidade, ele avança.

A história MÍTICA, ao revés, cria parâmetros errados, nos afasta de nossa essência e ainda impede que injustiças sejam desfeitas ou reparadas.

Pior: eleva muito a chance de repetirmos os mesmos erros.