Ontem, dois fatos marcaram acentuadamente o crônico grau de NEGACIONISMO que a sociedade brasileira atravessa.
Enquanto todos se compadeciam com a tragédia afegã (muito mais grave, evidentemente), a Procuradoria Geral da República emitiu parecer jurídico em que alega que o presidente da República não delinquiu nas passeatas, porque (segundo a Sub procuradora) não existem evidências científicas de que as máscaras protejam contra a transmissão do coronavírus”.
Assim, quem tinha o dever de investigar e pedir a punição do criminoso (crime de exposição de contágio ou risco à saúde, além da notória sabotagem ao isolamento social), é exatamente quem agiu como advocacia privada do delinquente, deixando a sociedade a ver navios.
Ao mesmo tempo e talvez até combinado, o presidente disparou contra as vacinas, e afirmou que muitos estão morrendo vacinados porque as vacinas feitas às pressas não funcionam.
Novamente, um discurso mentiroso e criminoso, e que infelizmente, não será punido agora.
O que há em comum nestes dois fatos?
NEGACIONISMO.
Enquanto países mais bem resolvidos estão tratando sobre como sequenciar as novas cepas e adotando novas estratégias sociais e científicas para combater a Pandemia, nós seguimos patinando.
Rigorosamente, não avançamos os temas do debate, porque deixamos os negacionistas determinarem a pauta.
Estamos ainda debatendo com estes malucos se vacinas e máscaras funcionam.
A ciência só avança quando há um consenso mínimo sobre o que carece de debate e sobre o que não necessita mais. Um sociedade avançada não discute mais temas óbvios ou cujas evidências são abundantes.
Amigos, uma coisa é certa: se cientistas do começo do século XX tivessem gasto energia tentando convencer os Terraplanistas… O ser humano jamais teria pisado na lua.