2008 – o líder populista da esquerda afirma que a crise mundial seria uma marolinha e que foi gestada por uma elite branca e de olhos azuis.⠀
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2018 – o líder populista da direita que afirmou ser necessário matar uns 40 mil na década de 90 e que a ditadura matou pouco, garantiu que iria “metralhar” a “petralhada”.⠀
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2020 – um mero vírus – entidade biológica sem DNA próprio – colocou os dois em seus devidos lugares. Os candidatos apoiados pelos dois antagonistas que se alimentam de farpas e ódio recíproco foram surrados nas urnas.⠀
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As eleições municipais não são um termômetro preciso porque o eleitor não elege exatamente estadistas mas sim, síndicos ou zeladores da coisa pública. Mesmo assim, algumas eleições em grandes centros urbanos servem como radiografia do que ocorre no país e no mundo.⠀

A polarização apaixona, galvaniza, excita as pessoas, mas cansa. No fundo, até entidades coletivas como a sociedade precisam de homeostase.⠀
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O que a maioria das pessoas realmente quer é um líder que faça a economia caminhar com crescimento mínimo, exerça alguma preservação ambiental e garanta um grau mínimo de assistência social e não, uma competição de verborragia chula pelo twitter.⠀
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Aguardemos mas como a Pandemia não dá sinais de que arrefecerá tão cedo, tampouco a crise econômica, é possível que esse sinal das urnas se torne uma tendência para os próximos anos.